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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Frei Luís de Sousa- Alguns Apontamentos

 Primeiro ato - decorre no palácio de D. Manuel de Sousa Coutinho

- O ambiente leve e exótico revela o estado de espírito da família (feliz no geral);
- Inicia-se um acto com um excerto d’Os Lusíadas, mas precisamente o excerto de
Inês de Castro, em que afirma que o amor cega e condena a alma ao sofrimento;
este excerto é lido por D. Madalena de Vilhena, mulher de Manuel de Sousa
Coutinho;

- Telmo, o fiel escudeiro da família, entra em cena e ambos discutem sobre Maria,
filha de D.Madalena e Manuel de Sousa Coutinho;

- Os medos de D.Madalena em relação ao regresso do ex-marido (D.João de
Portugal, que nunca regressou da batalha de Alcácer-Quibir) reflectem-se na
protecção da sua filha em relação ao Sebastianismo (se D.Sebastião voltasse, o
seu ex-marido também podia), um tema na altura muito discutido;

- Maria é considerada muito frágil (doente; possui tuberculose não diagnosticada),
e Telmo, que já fora escudeiro de D. João, incentiva-a a acreditar no
Sebastianismo, o que ela abraça fortemente apesar do o desaprovar sua mãe;

- Por fim chega com D. Manuel, um cavaleiro da nobreza, que informa as
personagens da necessidade de movimentação daquela casa, porque os
“governantes” (na altura Portugal estava sob o domínio espanhol) viriam e
desejavam instalar-se em sua casa;

- O acto acaba com D. Manuel a incendiar a sua própria casa, como símbolo de
patriotismo, incendiando também um retrato seu (simboliza o inicio da
destruição da família), movendo-se a família para o palácio de D. João de
Portugal (apesar dos agouros de D. Madalena).

 Segundo Acto - decorre no palácio de D. João de Portugal

- O ambiente fechado, sem janelas, com os quadros grandes das figuras de D.
João, Camões e D. Sebastião revelam uma presença indesejada e uma família
mais abatida (algo está para vir);

- D. Madalena apresenta-se muito fraca; com a chegada de D. Manuel (que teve de
fugir devido à afronta aos governantes) e a indicação de que estes o tinham perdoado, D. Madalena fica mais descansada, mas ao saber por Frei Jorge, um
frei do convento dos Domínicos, que este terá que partir para Lisboa para se
apresentar, fica de novo desassossegada;

- D. Manuel parte para Lisboa na companhia de Maria e Telmo, deixando em casa
D. Madalena e Frei Jorge;

- Aparece um Romeiro que não se quer identificar ao princípio, mas dá indícios
de ser D. João de Portugal, que voltaria exactamente 21 anos depois da batalha de
Alcácer-Quibir (7 para procurar o corpo + 14 casamento de D. Madalena e D.
Manuel);