11ºB
GRUPO
I
1. Este excerto de Frei Luís de Sousa integra-se
no final do ato I, ao nível da estrutura externa, e refere-se ao momento em que
a família está prestes a abandonar o palácio de Manuel, devido à chegada
iminente dos governadores castelhanos. Quanto à estrutura interna, este excerto
encontra-se no conflito, que consiste no conjunto de peripécias que levam à
progressão da ação.
Este excerto é muito importante para o
desenvolvimento da ação, pois Manuel ao tomar a decisão de abandonar a sua casa
e mudar para a casa do primeiro marido de D. Madalena, D. João de Portugal,
precipita a mudança repentina do rumo dos acontecimentos. Será a essa casa que irá
voltar o Romeiro, informando D. Madalena que D. João está vivo.
2. As personagens
de D.Madalena e Manuel de Sousa Coutinho são bastante diferentes, com estados
de espírito opostos que conseguimos detetar tanto através dos seus gestos e ações,
como da linguagem utilizada.
Primeiramente,
Manuel é racional, deixando-se guiar pelas evidências lógicas, ignorando os agouros,
e pelos seus princípios fortes (“(...) a tranquilidade de espírito e a força do
coração, que as preciso inteiras nesta hora”). Demonstra ser patriota,
defendendo a sua nação com determinação e coragem. Para ele, é importante
insurgir-se contra aqueles que atraiçoaram o país e que por covardia e falta de
integridade não o defenderam, (“(...) vou dar uma lição aos nossos tiranos que
lhes há de lembrar, vou dar um exemplo a este povo que os há de alumiar”),
demonstrando a sua rebeldia.
Já D. Madalena
deixa-se levar pelos seus sentimentos e emoções, não consegue manter a racionalidade
como o seu marido. Para ela, voltar para a casa de D.João era “voltar ao poder
dele”. Mesmo sendo patriota, demonstra fragilidade e fraqueza, deixando-se
tomar pela angústia e pelo medo (“a violência, o constrangimento de alma, o
terror com que eu penso”). Além disso, é facilmente influenciada pelos agouros
e indícios, que para ela, demonstram o final trágico da família, mais
precisamente, a separação do casal (“que o atravessa no meio de nós, entre mim
e ti”).
3. Uma característica clássica presente neste
excerto é a presença de elementos trágicos, nomeadamente presságios que nos
anunciam um futuro inevitável fatal. Os presságios contribuem para um clima de tensão
e angústia, tanto para os personagens como para o espectador, pois são uma lembrança
de que a catástrofe (característica clássica também) está iminente e não há
nada que as personagens possam fazer para a evitar. Um exemplo de um presságio é:
“que não estou ali três dias, três horas.”- (ll. 25) e até mesmo: “espada (...)
que a atravessa no meio de nós, entre (...) nossa filha.”- (ll.22).
A
característica romântica que destaco é o patriotismo de D. Manuel que
sacrificou a sua casa para protestar contra os governadores castelhanos que vieram
ocupar o seu palácio, dado Portugal estar sob domínio de Castela: “vou dar uma
lição (...) os há de alumiar…) (ll.40 a 41).
Esta característica contribui para o adensar
do ambiente trágico e de fatalidade, pois devido a esta atitude patriota, a
família mudar-se-á para a casa de D. João de Portugal, instaurando-se um
ambiente de tensão, cheio de angústia e terror, já que traz à memória o
“fantasma” que os assombra e que acabará por se tornar real, com o aparecimento
do Romeiro.
4. Fernão Lopes, escrivão e 4º guarda-mor da
Torre do Tombo, foi uma figura medieval portuguesa importante que nos deu a
conhecer uma nova conceção da História, tendo sido considerado o primeiro
cronista português.
Em primeiro lugar, o cronista manifesta a
preocupação de comprovar o que transmitia, com provas documentais,
evidenciando, assim, a sua preocupação com o rigor histórico.
Em segundo lugar, a sua obra apresenta
características como o coloquialismo, visualismo e dinamismo, permitindo, não
só cativar o leitor, como dar uma “visão” fidedigna dos acontecimentos. Além
disso, os leitores conseguem experienciar sensações auditivas, visuais, táteis,
entre outras, devido ao uso abundante de recursos expressivos. Usa também o
discurso direto para imprimir maior veracidade às ações dos seus protagonistas.
Com Fernão Lopes, o povo assume o papel principal
na História, afirmando uma consciência coletiva que o leva a ser o fazedor do
rumo dos acontecimentos.
Desta forma, Fernão Lopes deu-nos uma
visão rigorosa e diferente dos factos históricos, concorrendo para uma nova
conceção da História.
GRUPO
II
1.C
2.A
3.C
4.D
5.A
6.A
7. sujeito
Tudo aquilo que o Homem ignora, não
existe para ele. Por isso, o universo de cada um resume-se ao tamanho do seu
saber. (Einstein)
