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quarta-feira, 25 de maio de 2022

A educação tradicional e a educação à inglesa n'Os Maias

 

CARLOS DA MAIA

Carlos da Maia – à Inglesa

Professor Inglês – Brown

Aprendizagem de línguas vivas: Inglês

Contacto com a Natureza

Brincadeiras e divertimento

Rigor, método e ordem

Valorização da criatividade e juízo crítico

Submissão da vontade ao dever

Desprezo da Cartilha e do conhecimento teórico

Exercício físico: ginástica ao ar livre

Eusebiozinho

Eusebiozinho – Tradicional

Professor Português – Abade Custódio

Aprendizagem de línguas mortas: Latim

Permanecia em casa

Contacto com velhos livros

Super proteção

Valorização da memorização

Suborno da vontade pela chantagem afetiva

Estudo da Cartilha

Débil na sua saúde e não tinha atividade física


Em consequência direta do método educativo recebido, as duas crianças apresentam características antagónicas.

Carlos revela-se uma criança autoconfiante (visível na forma altiva como responde a Vilaça), cheia de vitalidade e que domina perfeitamente o inglês. Pelo contrário, Eusebiozinho é uma personagem marcada pela falta de energia, pela debilidade física e pelo gosto por um  saber teórico e obsoleto.

A vitalidade de Carlos decorre de uma educação que promove o exercício físico, contrastando com a fragilidade de Eusebiozinho, que é uma consequência de a educação portuguesa apenas valorizar o conhecimento teórico e de ser marcada pela superproteção. Além disso, a autoconfiança de Carlos e o facto de falar inglês decorrem de uma método educativo que promove o desenvolvimento da sua curiosidade natural e a aprendizagem de línguas vivas. Em contrapartida, Eusebiozinho assume um papel passivo no seu processo educativo, limitando-se a memorizar informações já ultrapassadas