GRUPO I
1.
A tese
defendida pelo orador Vieira nesta passagem textual prende-se com o facto de
"... os peixes irracionais se tinham convertido em homens, e os homens não
em peixes, mas em feras." É a partir desta frase que o Padre vai
argumentar e dar exemplos que comprovam que os peixes se tinham tornado seres
racionais, com razão e com virtudes e os homens se tinham tornado seres maus,
com vícios e defeitos.(“os homens tinham a razão sem o uso e os peixes o uso
sem a razão”). Esses argumentos são citações bíblicas e os exemplos são de
sábios, de modo a que não possam ser descredibilizados, dando assim veracidade
ao seu discurso. Nesse discurso, irá louvar os peixes, estando assim a expor os
vícios dos homens.
1. A tese que o orador defende é que os homens têm a razão mas não o uso, e os peixes têm o uso mas sem a razão. Isto comprova-se pois, ao longo da passagem, Padre António Vieira vai louvando os peixes por serem obedientes, por saberem ouvir e por respeitar os pregadores cristãos, enquanto critica os homens por não terem essas capacidades, já que mesmo tendo sido “abençoados” por Deus com a dádiva da razão, não a usam e os peixes, não tendo a razão, fazem o bem. (Levi)
2. Padre António Vieira justifica a tese ao
longo deste excerto. Um dos argumentos apresentado foi o facto de os homens
terem atirado Jonas do barco, diretamente para o mar, com o intuito de o
deixarem ser comido, pois o barco estava demasiado pesado. Outro argumento foi
a atitude impulsiva e dogmática dos homens, quando decidiram perseguir Santo
António, pois este era puro, sem maldade, e queria doutrinar e ensinar os
homens a tornarem-se como ele. Estes, que não se quiseram deixar doutrinar, com
ações imaturas e inadequadas, pensaram em matá-lo.
Através das citações retiradas da bíblia, texto sagrado, das frases dos
sábios, ou da vida de Santo António, confere-se maior autoridade às palavras do
pregador, pois está a ser invocada a palavra de Deus ou os exemplos de quem a
pôs em prática. Desta forma, reforça-se o poder argumentativo do sermão, pois
sendo esses argumentos de cariz religioso, adquirem um maior poder de
persuasão.
2. Padre António Vieira inicia os seus argumentos com o nomear do grande exemplo: Santo António (“de seu servo António” l.4). Através do exemplo, descrito por Vieira, e que confere mais uma virtude aos peixes, a obediência, comprovando a tese desse excerto. Este salienta a atenção dos peixes com que ouviram as palavras de Santo António (“ é aquela obediência, com que chamados acudistes todos pela honra de vosso Criador e Senhor, e aquela ordem, quietação e atenção com que ouvistes a palavra de Deus” ll.2-4).
Além disso, Padre António Vieira menciona outro acontecimento, neste caso, com Jonas, pregador da palavra de Deus (“Jonas, pregador do mesmo Deus” l.18) que comprova a tese enunciada. Jonas foi lançado ao mar pelos homens e o peixe que o comeu levou-o até às praias de Nínive, para que este fizesse e continuasse a fazer o seu papel (“Os homens lançaram-no ao mar a ser comido dos peixes, e o peixe que o comeu, levou-o às praias de Nínive, para que lá pregasse e salvasse aqueles homens. ll.19-21). Deste modo, é também apresentado mais virtudes: “respeito e devoção” (l.16). (Carolina)
3. Uma das características da linguagem barroca é a sua riqueza e complexidade, com bastantes recursos expressivos e o uso de interjeições, exclamações e interrogações retóricas, que tornam o discurso emotivo e dramático.
Assim, podemos identificar, neste excerto, o uso de interjeições (“Oh” l.5) que contribuem para a emotividade do Sermão, bem como o uso de exclamações (“Oh, grande louvor verdadeiramente para os peixes, e grande afronta e confusão para os homens!” ll.5-6). Além disso, as interrogações retóricas (“Quem olhasse neste passo para o mar e para a terra, e visse na terra os homens tão furiosos e obstinados e no mar os peixes tão quietos e tão devotos, que havia de dizer? ll.11-12) que contribuem, por sua vez, na persuasão dos ouvintes e para deixar o sermão mais dramático. (Francisca)
Nas linhas 11 e 12 está presente uma antítese: "... na terra os homens tão furiosos e obstinados e no mar os peixes tão quietos e devotos...". Aqui são utilizadas duas ideias contrárias para mostrar as más atitudes dos homens que são contrárias às dos peixes, quando devia ser o oposto.
Nas linhas 14 e 15 está presente um quiasmo: "Aos homens deu Deus o uso da razão, e não aos peixes; mas neste caso os homens tinham a razão sem o uso, e os peixes o uso sem a razão." Pretende-se referir que os homens que são racionais, não dão o uso correto à razão, enquanto que os peixes que não são racionais, sabem escutar e praticar as melhores ações, mesmo sem a posse da razão.
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4. A representação da sociedade na poesia medieval galego-portuguesa contribui para o conhecimento pormenorizado e claro da mesma, principalmente no que respeita às relações amorosas. Tal é referido nas cantigas da época.
As cantigas de amigo têm sempre uma voz feminina, como sujeito poético. Uma donzela apaixonada e saudosa que expressa os seus sentimentos pelo seu amado (“amigo”) Tinha como confidentes amorosas, a sua mãe, as suas amigas e a Natureza (que simbolizava também certos sentimentos da donzela e o local dos seus encontros amorosos). O poema “Ai flores, ai flores do verde pino” demonstra uma situação em que a Natureza é um interlocutor da donzela. A jovem por vezes sentia-se feliz com o seu amor, saudosa, preocupada ou até ciumenta.
Por outro lado, as cantigas de amor possuem como sujeito poético uma voz masculina. Um trovador apaixonado que canta e elogia uma mulher de condição superior a quem ele chama de “minha senhor” e a quem presta vassalagem amorosa. No entanto, a não correspondência amorosa e a indiferença da mulher amada levam o sujeito à “coita do amor” (sofrimento amoroso). Ele expressa o desespero, a loucura ou até mesmo a morte d’amor. No poema “Se eu pudesse desamar”, o refrão demonstra que o trovador sofre tanto por não conseguir ser correspondido no seu amor, que chega ao ponto de desejar que a sua amada sofra tanto como ele sofre por ela.
Analisando a lírica trovadoresca, concluímos que, através do estudo da mesma, obtemos um bom conhecimento dos usos e costumes da sociedade da época medieval. (Sofia)
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Grupo II
1.C
2.B
3.C
4.B
5.D
6.C
7.A
2.1- O itálico está presente, porque se trata de um título de uma obra.
2.2- Oração subordinada adverbial consecutiva
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GRUPO III
Considero que cada aluno tem responsabilidade pela sua própria educação e da forma como se dedica a esta.
A educação é crucial e imprescindível para todos, e não deve ser nunca subestimada ou desvalorizada. Mesmo com as melhores condições de aprendizagem e com apoio de familiares e de professores, o sucesso e o potencial não estão assegurados. É importante que cada aluno tenha consciência de que o seu futuro e da sociedade dependem dele.
Além disso, a educação não é um caminho fácil, tem os seus obstáculos; põe-nos à prova e testa a nossa persistência e determinação. Por isso, é necessário ter foco e garra para aproveitar ao máximo as capacidades e assegurar, assim, uma educação digna e, consequentemente, um futuro melhor.
Por exemplo, o próprio Barack Obama tinha de estudar de madrugada com a sua mãe, algo que para muitos poderia ser um entrave à sua educação, acabando por desistir. Contudo, ele trabalhou e nunca desistiu dos seus estudos, conseguindo ultrapassar barreiras, graças à sua mentalidade forte e ambição. Uma prova disso é o facto de ter conseguido ser presidente dos Estados Unidos, uma posição árdua de se conquistar.
Concluindo, por mais que fatores externos possam facilitar ou não a educação, esta tem de ser assegurada, principalmente, pelos alunos. A sua dedicação é crucial e importantíssima para o sucesso futuro e para a realização dos objetivos. (Francisca)
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Eu considero- me apoiante da visão do Barack Obama, na responsabilidade que cada aluno tem na sua educação.
Os alunos, cada vez mais, estão a perder o interesse e a vontade de aprender, não assumindo as suas responsabilidades escolares, perdendo, assim, conhecimentos importantes.
Os alunos devem ser curiosos e empenharem-se em abrir os seus horizontes, não se deixando conformar com as suas dúvidas e pensamentos, devendo aceitar que os seus questionamentos serão respondidos, aumentando a sua educação, de forma que na vida adulta possam tomar decisões mais conscientes e mais informadas.
Nos dias que vivemos, onde estamos constantemente expostos a informação nova, não temos desculpa em não nos informarmos e descobrir novos conhecimentos e competências, podendo estes determinar o rumo do nosso futuro. O próprio Barack Obama é um bom exemplo da determinação e responsabilidade que nos deve guiar, pois foi graças ao esforço que ele e a sua mãe tiveram, no início do seu percurso, que chegou a Presidente dos Estados Unidos.
Em conclusão, reitero a minha opinião de que o aluno tem de assumir a responsabilidade pela sua educação, de forma a tomar as decisões mais conscientes no futuro. (Filipe Deniz)