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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Carta ao Padre António Vieira

José Bastos
Travessa dos Bastos, Casal do Azemel,
Batalha
PORTUGAL

                                                                                                             Padre António Vieira
                                                     São Luís do Maranhão
                                                      Brasil


                                                                                                  Batalha, 28 de outubro de 2014


       Reverendo Senhor Padre António Vieira,    

       Venho por este meio dar a conhecer a Vossa Reverendíssima os vícios e defeitos da sociedade contemporânea na qual estou inserido.
Para dizer a verdade, confesso que a humanidade em geral continua a apresentar, de certa forma, os mesmos defeitos que na época de Vossa Reverendíssima, contudo numa versão mais moderna.             Atualmente, continuamos a assistir à “Autofagia Social”, os mais ricos e poderosos continuam a explorar incessantemente os menos capazes, os mais fracos. A guerra tornou-se num negócio em que as principais potências mundiais e os grandes produtores de armas se aliam para enviar os indefesos cidadãos  para a morte certa, iludidos que estão a salvar ou defender alguém. As crises que afetam uma nação em particular, espalham-se como uma epidemia para todo o mundo, porque o “sal” continua a “não” salgar a terra e a corrupção domina. Os homens continuam a não se respeitarem uns aos outros e a não respeitar a diferença. Na sociedade predomina o preconceito e o estereótipo. A ignorância, ganância, vaidade e cegueira ainda caraterizam a humanidade e temo mesmo que assim seja para todo o sempre, visto nunca ter mudado até ao momento.

Desde já agradeço a atenção disponibilizada.
Subscrevo-me respeitosamente,

José Bastos